Milena Funari disse...
De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus [...] Filipenses 2:5
Cobranças! O que sabemos fazer melhor. Cobramos quem nos deve. Cobramos impostos. Cobramos mais atenção. Cobramos posturas adequadas dos outros. Cobramos fidelidade. Cobramos amor. Cobramos, cobramos, cobramos. Podíamos ser denominados como “A sociedade dos que querem mais”.
Rever conceitos?
- Não. Há piores do que eu! – Gritamos.
É mais viável procuramos alguém em piores condições, de certa forma pensamos nos redimir.
Perdoar?
- Não! Isto é para os fracos – Respondemos.
E esquecemos a graça que nos foi concedida através da Cruz.
Estender as mãos?
Não! Quando precisei, levantei sozinho – Murmuramos.
E enquanto isto as almas clamam por socorro.
Amar?
- Nunca recebi amor, porque o daria? – Questionamos.
Ingratidão, certas vezes é a palavra que melhor nos define.
Acalentar uma alma?
- Tenho coisas mais importantes para resolver – Desculpas, sempre a temos na ponta da língua. Criamos sempre um novo obstáculo e o mundo continua a nossa espera.
Aos poucos nos tornamos pessoas enclausuradas em nossos próprios preconceitos. Egoístas, que só pensam em si mesmas! O egoísmo leva-nos a uma morte precoce e silenciosa, mata a nossa sensibilidade, arranca com suas garras a nossa humanidade. A falta de humanidade remete-nos às masmorras mais profundas do desgosto.
Chega o ponto em que deixamos de viver, passamos a condição de simplesmente existir.
Aprendemos desde cedo a cobrar dos outros. Nunca estamos errados, o outro está.
Humildade, palavra totalmente exclusa de nossos vocabulários. Há uma sede por poder, por vitórias, por uma melhoria de vida, custe o que custar! Mesmo que pessoas “dancem” nesta jogada. A lei que prevalece aqui neste mundo é a do MAIS forte! Dos que têm mais dinheiro e poder. Perdemos os nossos valores! Os princípios são facilmente barganhados.
E no final fazemos a mesma descoberta feita por Salomão: “Então, vi que todo trabalho e toda destreza em obras provêm da inveja do homem contra o seu próximo. Também isto é vaidade e CORRER ATRÁS do vento.”
E então começamos a compreender o real significado da vida.
E há alguém que pode nos ensinar algumas questões valiosíssimas de caráter, amor sem limites e exemplo de vida!
Se pensou nEle acertou. Se não da próxima vez em que se tratar em exemplo de vida, caráter e amor que excede todo entendimento. Não hesite!
Um dos depoimentos mais lindos sobre a entrega de Cristo está em Filipenses. O apóstolo Paulo faz uma de suas melhores referências a isto:
De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus [...]
Qual sentimento ele se referia? Ao amor supremo, que impulsionou Cristo a morrer por nós? Ou a Sua humildade que nos deixa boquiabertos? Ah, quantos sentimentos O preenchiam. E estes mesmos sentimentos devem nos preencher! Abundar em nós e através de nós. O amor imperou, contra todas as circunstâncias adversas! O Amor reinou. E porque em nós deveria ser diferente?! Prossigamos de igual modo!
Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus,
Cristo se despojou de toda sua glória, de tudo que O pudesse exaltar, de todos os seus títulos bem merecidos, de todo seu poder como Filho Único de Deus. Todas as coisas foram criadas por Ele, para Ele, para louvor de Sua glória, mas Ele não teve por usurpação ser igual a Deus. Em momento algum usou de Sua divindade para se sair bem em determinadas situações. Totalmente homem, em tudo foi tentado como nós, mas sem pecado. Ele rompeu barreiras que nós na condição que estamos não podemos compreender.
Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens;
Nos despojemos de igual forma dos nossos títulos, de nós mesmos, das nossas paixões. De tudo que de alguma forma nos gloriamos. De tudo que massageia nosso ego, que alimentaa nosso orgulho. Olhemos para tudo o que Cristo abriu mão por nós, e façamos o mesmo! E sintamos o mesmo!
E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.
Humildade um dos marcos da vida de Cristo. Sempre venceu seus inimigos e todos aqueles que se opunham a Ele com amor e justiça...Sempre refletindo Sua união total com o Pai. Suas atitudes sempre falaram mais alto do que qualquer sermão! Nunca se mostrou superior aos outros, pelo contrário, em tudo se humilhou, escolhendo a morte. Nunca desfrutaremos ou conheceremos Amor igual ao dEle. Amor inefável, pois mesmo sabendo o que faríamos, qual seria o curso da humanidade, não considerou nem mesmo os nossos pecados. E nada poderá nos separar deste Amor, selado na Cruz do Calvário! Morramos para nós mesmos, para que possamos viver nEle e Ele em nós.
Amemos. Perdoemos. Estendamos nossas mãos e morramos!
No final da jornada, Ele estará com suas mãos perfuradas e de braços abertos, nos pegará no colo e sussurrará em nossos ouvidos: Valeu à pena!
Nenhum comentário:
Postar um comentário