sábado, 15 de setembro de 2012

Milena Funari

Escrevi hoje, quem puder leia. 

 Verdade. Só a verdade! Queria encontrá-la no olhar, no toque, na ausência, na presença. Face a face conhecê-la. Verdade. Onde estarás? No rosto cansado dos fardos? Na alma prazerosa dos ímpios? No suave aroma das rosas? Nas grotescas montanhas? Prudentemente quero senti-la. 

Desesperadamente necessito ser preenchida. Verdade, nao escondas de mim o Teu rosto, nao afaste de mim este cálice vermelho carmesim onde a dor e a morte repousam, onde o silêncio inocente traz medo, pois que hoje é amargo. 

Tomarei até a última gota, chorarei a última lágrima e antes q escureça outra vez, verei com os olhos ainda molhados o Domingo alegre, o Sepulcro vazio, o céu jubilante. E o que antes era amargo, agora é doce. A Verdade liberta! Liberta-me de ninguém mais, de mim mesmo!

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